Eu adoro neve.
É algo relativamente recente na minha vida e infelizmente não o tenho feito todos os anos desde que descobri a neve e o ski. Recomendo-o vivamente a quem nunca experimentou e frequentemente o anuncio como sendo das melhores férias que se podem ter pois mistura muita diversão com um bocado de desporto. Para quem gosta destas coisas é mesmo muito bom!
No final do ano passado, amigos meus falaram-me em ir à neve este ano e eu, sendo uma pessoa agarrada à lógica das coisas por defeito, pensei que se calhar não seria muito boa ideia, dada a minha nova situação profissional. Há certas coisas que são bem mais simples de planear quando há um salário certinho na conta ao final do mês...
Depois de um aceso debate interno entre o "vai que faz-te bem" e o "deixa-te mas é estar quietinho e poupadinho" em que os argumentos válidos voavam que nem mísseis certeiros e o vencedor das batalhas variava de hora a hora, lá fiquei convencido pelo ir.
Estava decidido mas agora tinha que pôr um limite a mim mesmo. Um número que me servisse de rédea e que me ajudasse a controlar o avançar rompante dos gastos que me apetecessem fazer.
E assim fiz. Decidi-me a ir, decidi o meu limite e fui decidido a cumpri-lo.
E ainda bem que o fiz.
Desta forma tive hipótese de ir fazer algo que adoro e que já não fazia há dois anos, desci as encostas, mandei os meus malhos, passei algum tempo com amigos que vejo menos vezes, vi paisagens fantásticas, conheci pessoas novas que fizeram a viagem valer ainda mais a pena e, claro, tirei fotografias! :)
É por isto que acho importante ir, mesmo quando às vezes não parece a decisão mais lógica. Não sou a favor do largar tudo e ir sem limites, tenho em mim um pouco mais de equilíbrio, que acho saudável, mas é preciso ter em conta que estar perfeitamente parado nem sempre é a coisa mais equilibrada a fazer.
Por isso deixem o "vai que faz-te bem" ganhar de vez em quando, só para manter o equilíbrio. ;)
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